Por Ronaldo Abreu Vaio
Matéria Indicada por Eduardo Sás
Fonte: A Tribuna
Mistério - O repórter Ronaldo Vaio relata o que testemunhou, na Imigrantes, com o repórter-fotográfico Luiz Fernando Menezes
Era para ser uma noite de trabalho como outra qualquer. Mas quis o destino que a madrugada de ontem fosse muito, muito especial.
Voltávamos de São Paulo, o motorista Ronaldo Cardoso Oliveira, o repórter-fotográfico Luiz Fernando Menezes e eu, a alma lavada após a cobertura do show de abertura do Tim Festival, com Sonny Rollins, mito do jazz norte-americano.
Era por volta de 0h30. Vínhamos conversando e brincando no carro. Na Rodovia dos Imigrantes, pouco antes de chegarmos ao pedágio, Luiz Fernando reparou numa luz laranja movendo-se no céu, em paralelo ao nosso carro, do lado direito.
Em tom de galhofa, chegou a dizer:" Olha o OVNI aí". Observei, enquanto o meu xará Ronaldo contorcia-se para ver, enquanto dirigia. Logo, saiu com o veredicto: "É um balão". Podia ser.
Parece que a estranha luz não gostou e, nesse momento, aumentou paulatinamente a velocidade. Naquele instante, como se diz, "caiu a ficha".
"Pára o carro!", gritamos Luiz Fernando e eu quase ao mesmo tempo. Com sua Canon 40D munida de uma lente 70x200, com um duplicador 1x4 (ufa!), Luiz Fernando fez as primeiras fotos e continuamos a jornada, sem perder a luz de vista.


Uma luz alaranjada acompanhou o carro de A Tribuna por um período, como se ‘‘permitisse’’ a fotografia, e mudou de tamanho várias vezes
De repente, como se quisesse chamar mais ainda a nossa atenção, a luz aumentou ligeiramente de tamanho.
"Pára o carro!", gritamos novamente Luiz e eu, cada um mais rápido – e alto – do que o outro.
E foi então que aconteceu a mais arrepiante coincidência da noite: no momento exato em que Luiz Fernando empunhou a câmera para a segunda bateria de fotos, a luz estancou, como se soubesse que seria – e quisesse – ser fotografada.
Terminamos as fotos e continuamos. Passamos o pedágio e o objeto começou a se mover no sentido inverso ao do carro.
Ainda o observamos alguns instantes, até sumir na distância. Ainda no carro, ao aumentarmos a foto, o estupor: no centro da luz, havia uma formação aparentemente sólida, sugerindo um objeto físico, real.
"Agora, ficou comprovado para mim que objetos voadores não identificados existem", sentenciou Luiz Fernando, ao relembrar o episódio.
Mas talvez tenha sido o meu xará Ronaldo quem mais se aproximou do que sentimos naquele momento único, na Serra do Mar. "Deu um negócio esquisito aqui dentro".
Astrônomo tenta analisar fenômeno
O astrônomo amador José Roberto Costa, que assina a coluna Telescópio, no caderno de Ciências de A Tribuna, às segundas-feiras, também fez uma análise das fotos.
Pela imagens e pelo relato, não conseguiu chegar a uma conclusão do que possa ser o fenômeno.
"Dá para se excluir algumas hipóteses, como avião, helicóptero, satélites, ou o planeta Vênus", afirmou. "Embora não tenha o formato redondo de um balão atmosférico tradicional, esses balões existem também em outros formatos.
Há uma certa suspeita de que possa ser um balão". Segundo ele, nesse caso, a luz alaranjada se explicaria como a reflexão da luz solar. "Em vista da altitude e da hora, é possível que reflita os raios que atingem a outra face do planeta".
Não descarta, também, algum fenômeno natural ainda pouco ou nada conhecido da Ciência.
"É presunção afirmar que a Ciência conhece todos os fenômenos", e exemplificou com o chama do duende azul,um tipo de raio na tonalidade azulada, que nasce em nuvens muito altas e que foi fotografado pela primeira vez a partir de estações espaciais, já que faz sua trajetória é ascendente. "Não se sabe ainda porque ocorre".
Sobre a possibilidade de ser uma nave extraterrestre, José Roberto foi sucinto. "Também não se pode afirmar isso, é um salto enorme de raciocínio".
0 comentários:
Postar um comentário
Gostou do que encontrou aqui?
Comente este artigo que acabou de ler.
Quer entrar em contato ou tirar alguma dúvida? Formulário de Contato
Nos comentários dos artigos escreva apenas o que for referente ao tema.
Antes de Comentar leia nossa Política para Comentários para saber como interagir com nossos artigos, tirar suas dúvidas e ser respondido(a).